sexta-feira, 6 de maio de 2016

Sinopse

A Revolta dos Brinquedos conta a história de vários brinquedos que se revoltam contra a tirania de sua dona, a Menina Má. Ela é perversa, maltrata, quebra e destrói todos os seus brinquedos. A delicada Boneca de Louça, por exemplo, tem constantemente suas roupas rasgadas; o bravo Soldadinho de Chumbo teve sua cabeça quebrada em mais uma de suas perversidades; já o Ursinho, o mais bobo de todos, vive sendo jogado nas paredes. Mas um dos brinquedos que mais sofre é a Bruxa de Pano. Por ter sido um presente dado por uma empregada para a menina e por ser um dos brinquedos mais simples, a criança vive arrastando a pobre bruxa pelos cabelos e por diversas vezes é deixada esquecida no quintal.
            Diante de tantas maldades, certo dia os brinquedos decidiram se juntar e organizar um tribunal para julgar sua dona. O astuto e eloquente Fantoche foi incumbido de ser o advogado de acusação. A única defesa dela será o Boneco de Cordas, que mesmo a contra gosto, aceita compor esse júri tão incomum. Mas, eles sabem que não será tão fácil se livrar das mãos de sua dona que utiliza todas as artimanhas para por um fim nessa rebelião.

            O texto fala de forma lúdica e divertida da relação de poder e opressão existente em várias camadas sociais e da vontade que o ser humano tem de ser livre e de buscar essa liberdade. Para isso vemos na montagem a importância de juntar forças para conseguir o que se almeja.

Objetivos

Geral:
Realizar a circulação do espetáculo 'A Revolta dos Brinquedos". A partir deste texto, referência na dramaturgia brasileira, integrar o teatro no processo educacional da criança e do adolescente, tendo como público alvo crianças das mais variadas idades. Esta itinerância, contará com 05 apresentações (de 16 a 20 de março do 2017) Entendemos que é de suma importância a constante produção de espetáculos infantis de cunho educacional e obviamente de entretenimento para formação de novas platéias mantendo assim uma cultura teatral. Pensando na democratização do espetáculo, as apresentações terão intérprete de Libras e duas destas serão apresentadas para alunos da rede pública. 

Específico:

·                     Promover a participação espontânea e direta da criança  no decorrer do espetáculo.
·                     Despertar no imaginário da criança uma consciência crítica acerca de valores fundamentais como                     justiça, solidariedade e amor;
·                     Despertar o gosto pelo teatro como alternativa artístico-cultural imprescindível à sua formação;
·                     Motivar o discurso e debate do público sobre o tema alvo;
·                      Democratizar o acesso da população a ações de arte

·                      Contribuir na formação mútua dos atores culturais envolvidos e o público em geral.

Estratégia de Ação

Pré-produção ( de 15 de Janeiro de 2017 a março de 2017):

* Fechamento de acordos de produção;
* Levantamento das necessidades de produção;
* Organização de cronograma de execução;
* Definição de cronograma de ensaio com direção e elenco;
* Locação de espaço para ensaios;
* Ensaios;
* Organização de logística da viagem;
* Compra de passagens aéreas;
* contratação de serviço de alimentação e hospedagem;
* Aquisição de material de consumo necessário;
* Contato com gestores das escolas públicas em Fortaleza que se interessem em levar seus alunos ao espetáculo;
* contratação de transporte.

Produção ( de Março de 2017 a Maio de 2017)

* Deslocamento Recife-Fortaleza
Apresentação de 05 sessões do espetáculo "A Revolta dos Brinquedos"

Pós produção ( Março de 2017 a Julho de 2017)

Desprodução do espetáculo;
* Prestação de contas final;

Conceito de encenação

O encenador José Francisco Filho encara o texto como uma grande brincadeira “séria”. Os personagens apesar de serem brinquedos são encarados como crianças que a todo o momento, apesar de tantos maus tratos, brincam, se divertem, brigam uns com os outros e depois fazem as pazes, justamente como as crianças fazem. Talvez por isso, a montagem gere uma identificação tão grande com elas, pelo fato mostrar diretamente seu universo. Dessa forma foi abolida qualquer interpretação mimética de movimentos mecânicos de brinquedos, ao contrário, todos eles andam, falam, se comportam e tramam coisas como crianças. Contudo não se buscou fazer com que o ator falasse forçosamente ou falsamente como criança, mas sim, se buscou verdadeiramente a forma como ela pensa. Então marcas foram pensadas dentro desse mundo, a exemplo disso, citamos uma briga de bolinhas de papel no meio do julgamento da Menina Má, as personagens se esquecem por alguns momentos que estão em um local sério como um tribunal e começam a se comportar como o que realmente são, crianças.

Plano de Luz


Iluminação

A luz do espetáculo tenta mostrar de forma simples um contra-senso entre a presença da Menina Má e sua ausência. Isso é trabalhado com uso de duas cores, o amarelo e o verde.
Como a peça é dividida em dois atos, a trama dos brinquedos para apanhar sua dona (ausência da Menina) e o momento do julgamento (a presença) dela, a luz tenta dar esse clima dual. Nos momentos em que ela não está no local o amarelo toma conta do ambiente mostrando uma atmosfera mais leve, já quando ela se encontra em cena, uma aura verde toma o “tribunal” mostrando algo um pouco mais sóbrio, isso sem excessos. Para isso, utilizamos refletores em contra luz com gelatinas verdes. Mesmo no primeiro ato que paira uma expectativa de que ela irá acordar a qualquer momento, dessa forma, a contra luz verde surgi em alguns desses momentos.

Apesar desses momentos mais sóbrios, a peça é composta em sua maior parte de cenas bem iluminadas já que estamos tratando de um espetáculo infantil. O papel da luz nos climas de mais tensão apenas reforça o que já está sendo feito pelos atores enquanto personagens.

Cenário

O cenário da peça segue uma linha minimalista contendo apenas poucos elementos que julgamos suficientes para o entendimento da peça. São utilizados apenas quatro cubos de cores e tamanhos diferentes onde os atores sobem, às vezes mais de um ator ao mesmo tempo, às vezes todos os atores num espaço mínimo de um metro por um gerando assim, marcas ricas de plasticidade. A utilização deles ajuda também na formação de vários planos: baixo (o ator deitado ou sentado no chão), médio (o ator em pé) e alto (o ator em cima dos cubos).